segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Transylvania


Zingarina está grávida de dois meses e parte da França à Transilvânia (região romena) de carro com sua amiga Marie. Para ela, seu namorado foi exilado do país e o reencontro pode lhe trazer esperanças de constituir família. Enquanto busca “l’amour”, Zingarina descobre a embriaguez das danças e das festas regionais, a misteriosa vida cigana e se depara com algo que mudará seus planos, colocando novos elementos, personagens, dores e alegrias em sua trajetória.

É um filme europeu. Francês. Falado em romeno, italiano, francês e inglês, entre outros idiomas e dialetos, não precisa de muita história. Com poucas palavras se pode entender o que se passa. Há muitos símbolos, olhares, música e desespero. A cena no bosque pode muito bem ilustrar a reação de qualquer um quando perde algo de muito valor para si. É comovente para alguns, chato para outros, mas todo o filme é visceral, espasmódico, angustiante, intercalando estes momentos com a quietude da solidão, o mistério dos desertos e regiões daquele leste europeu que parece ter parado no tempo quando tudo ainda era feito à mão, quando havia bruxas e sacerdotes nos vilarejos e a rotina de cortar lenha em meio a um deserto de neve não era desesperadora ou tediosa. Apenas era.

Desespero e sofrimento se juntam aos acontecimentos ao redor e Zingarina ganha uma nova vida. Um imprevisível fim é revelado aos poucos, entrecortado por cenas que mostram a realidade e cenas de expectativa, sonho ou imaginação das personagens.


Ficha Técnica:

País de Origem: França
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 103 minutos
Ano de Lançamento: 2006
Estréia no Brasil: 01/06/2007
Direção: Tony Gatlif


Em cartaz no Espaço Unibanco Dragão do Mar
Sala 1, às 17h30 e 21h30

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